Infelizmente, esse bicho nojento e perigoso está invadindo a cidade de São Miguel do Passa Quatro. No tempo chuvoso o problema é mais agravante, pode-se ver o bicho nos jardins, nos quintais, nos passeios, largos e até nas ruas da cidade. O PROBLEMA JÁ SE TORNOU NUMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA.
Leia e conheça mais sobre o Caramujo Africano
O caramujo africano é uma espécie exótica invasora. Tais espécies representam, atualmente, a segunda maior causa de perda de biodiversidade no Planeta. Só perdem para os desmatamentos. Além das doenças que pode transmitir, o caramujo ataca, destrói plantações e compete por espaços com outros moluscos da fauna nativa, podendo levá-los à extinção.
Doenças transmitidas pelo caramujo O caramujo africano pode transmitir duas doenças: 1. Angiostrongilíase meningoencefálica humana Sintomas: dor de cabeça forte e constante, rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso2. Angiostrongilíase abdominal Causa perfuração intestinal e hemorragia abdominal (cujos sintomas são: dor abdominal, febre prolongada, anorexia e vômitos).
Contaminação. A ingestão ou a simples manipulação dos caramujos vivos pode causar a contaminação, pois os vermes são encontrados no muco (secreção) dos caramujos. Ao se instalar em hortas e pomares, o caramujo pode contaminar frutas, verduras e disseminar doenças. Mas não há motivo para pânico: basta orientar crianças sobre os cuidados que devem ter e lavar bem hortaliças e vegetais que serão consumidos in natura.
De onde veio o caramujo? A espécie é nativa do leste e nordeste africanos e chegou ao Brasil na década de 80, como alternativa econômica. A idéia inicial seria comercializá-lo a um preço inferior ao escargot. Importado ilegalmente, foi introduzido em fazendas no interior do Paraná e escapou para o meio ambiente, adaptando-se perfeitamente em várias regiões brasileiras. Desde então, passou a ser chamado também de "falso-escargot".
Em São Miguel do Passa Quatro a prefeitura parece não estar percebendo a gravidade que o caramujo pode causar. A Secretaria de Saúde deveria desenvolver um projeto com o apoio da população para erradicar a presença do caramujo. As lideranças comunitárias, agentes de saúde e professores também precisam reagir na busca de solução.
Como ficar livre da praga? Para coletar os caramujos, as mãos devem estar protegidas com luvas ou sacos plásticos para evitar o contato da sua secreção com a pele humana. Os caramujos deverão ser colocados em sacos plásticos, amassados e jogados nos latões dispostos pelo governo municipal ou, depois de amassados, enterrados com cal virgem. A cal evita a contaminação do solo e do lençol freático. O controle do caramujo é a maneira correta para se evitar o surgimento das doenças, a degradação do meio ambiente e as perdas agrícolas.
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